Não só de grandes asas que se forma um anjo
Quando pequeno, fui ensinado por meus pais que eu tinha um anjo da guarda que vigiava os meus passos. Ao perguntar se era apenas a mim que ele protegia, meus pais me ensinaram que todo mundo possuía um anjo da guarda em sua vida. E ao olhar para cima com meus olhar infantil, eu imaginava centenas e milhares dessas criaturas aladas observando e nos ajudando em nossas vidas.
Quando fiquei um pouco mais velho (mas ainda criança) comecei a pensar que os anjos nos abandonavam quando crescíamos, pois os adultos não rezavam o Santo Anjo (como eu fui ensinado a rezar). Ao perguntar isso para um idoso que ia em uma igreja e se sentava calado todos os dias, ele me respondeu que não era que os adultos não tinham mais anjos da guarda, mas sim que eles se esqueciam dos anjos.
Santo Anjo do Senhor, foi a única reza (oração, ou seja lá como queira chamar) que eu aprendi e a única que realmente consegui decorar com facilidade. Via anjos nos filmes e livros, e até mesmo em desenhos animados, montados em nossos ombros direitos (com um diabinho matreiro no outro para fazer companhia) nos dando bons conselhos para sermos meninos bonzinhos.
Nós nos lembramos dos anjos como homens com asas, servos de Deus e um símbolo do bem. Eu não os vejo assim. Eu os vejo, como vi um velho sozinho na rua uma vez que só queria companhia, e que ao falar comigo me lembrou que coisas boas podem acontecer sem que notemos ou saibamos. Pois o seu simples "Bom tarde para olhar o céu" me fez lembrar de meu avô já falecido que me disse essas mesmas palavras uma vez e por isso me senti bem,
Anjos não são apenas homens de asas que lutam contra o mal. Um anjo pode ser cada um de nós que ao fazermos algo tão banal como dizer bom dia, boa tarde ou boa noite, acabe nos pondo um sorriso no rosto.
Um anjo é uma pessoa que faz o bem, nos ajudando quando mais precisamos. Pois os anjos não são seres místicos. Os anjos somos nós.
Mesmo o seu pai pinguim não te largando, ele é seu anjo, pois ele não quer que você sinta frio
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